sexta-feira, 27 de junho de 2014

ARTIGO - O PSDB NÃO É PÁREO PARA O PT

 


Sobre as vaias à presidente Dilma na abertura da Copa do Mundo de 2014, em São Paulo, o jornalista Reinaldo Azevedo escreveu em um de seus artigos o seguinte: "Ficou muito claro que a população sabe distinguir muito bem o seu apreço pela Seleção Brasileira da exploração política mesquinha que o governo e o petismo tentaram fazer. Não só sabe distinguir como repudia as tentativas de governantes de se apropriar do que, obviamente, não lhes pertence."

Esse parágrafo do texto do Reinaldo é uma ilusão! As pessoas que foram ao estádio não representam o povo, talvez representem só uma parcela da população esclarecida. A maioria dos brasileiros está com o PT. É uma pena, mas todo esse esforço do jornalista para mostrar a verdade, por meio da sua escrita, é em vão (ou quase em vão); porque Dilma será reeleita. De minha parte, cansei. Estou jogando a toalha. E infelizmente, o PSDB não é páreo para o PT, pois, como o partido de Aécio também é de esquerda, ele não ataca (e nem a grande parte da mídia) a causa principal: a ideologia com a qual também compactuam (o PSDB e a mídia).

A meu ver, só há uma chance de o PT sair do poder. Para tanto, obrigatoriamente o candidato oponente, dentre outras ações, deverá pelo menos: a) mostrar ao povo que essa turma que aí está ainda tem as mesmas intenções de outrora, ou seja, eles continuam querendo implantar uma ditadura do proletariado (mas será que o brasileiro deseja o comunismo?); b) expor claramente os objetivos do Foro de São Paulo (pouquíssima gente sabe algo a respeito desse assunto); c) esmiuçar e trazer à tona os crimes praticados pelos terroristas na época do regime militar (esse pessoal posa de herói da redemocratização do Brasil e demoniza, via comissão da verdade principalmente, o outro lado – e essa mentira já está se tornando uma verdade para as novas gerações); d) contra-argumentar os discursos falaciosos, com provas, a fim de refutá-los; e) deixar claro que a alternância do poder não implica extinção dos programas sociais existentes; aliás, eles – os programas sociais – são herança do governo de Fernando Henrique Cardoso (e, diga-se de passagem, o PT era contra tais programas, tratando-os como meros instrumentos eleitoreiros).

Pois bem, para finalizar, somente teria a dizer-lhe, meu amigo, o seguinte: estou convicto de que, se nada for feito nesse sentido, pode ficar certo de que teremos mais quatro anos de PT. O que, convenhamos, será uma lástima!


Ednaldo Bezerra é estudante de Licenciatura em Letras da UFPE

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