sábado, 21 de junho de 2014

ENTRE PEQUENAS VERDADES, ENORMES MENTIRAS E A DESILUSÃO SUCUMBENTE DO MINISTRO - LUIZ SAUL

Mensalão sai da minha vida, afirma Barbosa após anunciar saída do STF
"O Mensalão sai da minha vida..."
 
No processo de pavimentação do seu afastamento do Supremo o Ministro Presidente Joaquim Barbosa decidiu afastar-se das relatorias processuais, inclusive da Ação Penal 470. Antes, porém, encaminhou denúncia contra o advogado Luiz Fernando Pacheco, com o qual protagonizou incidente bizarro no plenário da Corte. 


Como não se agrada sempre a todos, as opiniões são divididas em torno de sua atuação, co
m uma razoável parcela da sociedade cansada de tantos descalabros se mantém ao seu lado, e outra, composta por entidades do Direito, portadoras de hábitos conservadores e acomodatícios, ou outras mais, de origem política, afetadas por ações do magistrado, revelam-se contra os seus critérios. 


É comovente a desilusão sucumbente do Ministro, ante a percepção da intensa contaminação dos comportamentos, os quais, em tese, deveriam estar tecnicamente adstritos à área jurídica. O adesismo, as conveniências de ocasião e a máquina do Governo produziram essa contradição. É de se supor que, apesar da sensação do dever cumprido, retira-se com um sabor também de derrota. 
 


Daí que na redistribuição das relatorias a seu cargo, especialmente a da Ação Penal 470, do mensalão, a porção dita esclarecida da população ficará observando as ações dos substitutos, provavelmente com um olhar de descrença da continuidade do rigor protetor da sociedade até aqui observado.
 

Sem negar que em umas tantas ocasiões esse Ministro exacerbou a vocação especialmente impositiva de suas vontades associadas à letra fria da Lei, fica a impressão que as virtudes superam em muito os defeitos, e que a sua presença na Corte, se nada mais mostrasse ainda destacaria o marco de estabelecer a igualdade entre os iguais na avaliação dos crimes de cada qual, como antes não acontecia.


Quando passar esse momento de pequenas verdades entremeadas de tantas e enormes mentiras; quando a população se capacitar como avaliadora de comportamentos; quando a dissimulação for extirpada e quando houver civilidade nacional, a História reporá cada um no seu lugar com o respectivo papel e grau de responsabilidade. 


Assim seja. Ou amém, sei lá.
 
 
Por: Luiz Saul Pereira

Um comentário:

  1. Williams Terto Carneiro27 de junho de 2014 às 00:01

    Não resta dúvidas da competência do potencial artístico cultural da Cidade de Triunfo. Não se questiona o que é indiscutível, o grupo sem vem a abrilhantar e demonstrar toda a capacidade e arte que carregam nas veis e eu os parabenizo. O meu questionamento é acerca do pátio de eventos e dos comerciantes de lá que não tiveram nenhuma oportunidade para terem no local que foi construído com o intuito de ser um local para eventos e que agora parece ser um elefante branco. Para que a construção de um pátio de eventos se nem mesmo eventos acontecem lá e principalmente em festas tradicionais como a de São João. É evidente que a descentralização é louvável e que outros polos sejam abrilhantados e principalmente por turistas que procuram o município para gozarem daquilo que não encontram nas capitais brasileiras. Esquecem-se das comidas da época, do verdadeiro sentimento cultural do que são as tradições pernambucanas e principalmente as festas juninas. Ao contrário dos que muitos penas, vejo a iniciativa de bandas locais e de cidades circunvizinhas estejam incluídas como atrações de uma festa que outrora era comemorada com fiel cumprimento cultural. Os festejos juninos reduziram-se a praticamente nada. Onde estão aquelas barracas com milho assado, pamonha, canjica, e outras comidas maravilhosas que somente o sertanejo sabe preparar e que enlouquece os turistas? Terminada a festa de São João, segue-se os festejos com a Festa dos Estudantes que até o presente momento nada se sabe se acontece, se não acontece, o que vai ter de atração, tudo aguardando as sobras do festival de inverno de Garanhuns. Até quando vamos ficar a esperar que as tradicionais festas da cidade apareçam novamente para alavancar ainda mais o turismo. Sabe-se que há muito tempo o turismo na cidade já não mais é como era. Acreditem, até mesmo as pousadas que não suportavam a quantidade de turistas, chegavam a requisitar residências particulares para hospedarem turistas que não conseguiam reservar quartos para as tradicionais festas. hoje, isso não acontece mais o que prova que o turismo diminuiu bastante e que até mesmo as visitações aos pontos turísticos reduziram-se tendo em vista que os locais turísticos não possuem a preservação necessária e as estradas que levam a diversos lugares estão em péssimas condições. Precisa-se um retrospecto para que se enxergue o óbvio?
    Mas mesmo diante das considerações, estou feliz que a Unidos do Forró tenha estado nestes festejos, demonstrando toda a sua competência e genialidade.
    Parabéns a Unidos do Forró!
    Pêsames as festas juninas que estão se acabando!


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