Em um país sério, de candidatos sérios, de uma política séria, o Aécio sério não pronunciaria tal conselho. Ao invés disso, brandiria aos quatro ventos e no nariz dos governantes um projeto de recuperação e do restabelecimento de uma normalidade do país. Falaria de segurança, de educação, de saúde, proteção ao patrimônio das empresas.
Mas, como estamos aqui, a campanha se fixa na mesquinhez verbal pronunciada pelo candidato. Praticada por adultos, a campanha assume ares de brincadeira de criança de aspecto moral rasteiro, deseducado e descompromissado com uma proposta de recuperação deste desencantado país.
A campanha deixa assim de ser uma “guerra” de ideias e de propostas focadas no restabelecimento de um tipo de normalidade antes observado. De um lado, coisas como esse “conselho”, e do outro, além dos engodos verbais de hábito e além das negociatas por cargos e minutos de televisão, tem até a esperança da apropriação indébita de eventual de sucesso da chorona seleção brasileira, como já aconteceu na vigência da ditadura.
O foco de todos parece longe do Brasil. Tudo está girando em torno de um tipo vitória que pode se de Pirro para o país. Nenhum desses candidatos carrega uma bandeira de credibilidade mínima que se traduza em esperança de dias melhores, de economia recuperada, de paz social e de crédito nas instituições.
Por esses e por outros motivos, uma parcela do povo brasileiro, descrente, foi para as ruas um tanto para contestar, outro, para vandalizar, neste caso, revelando faceta deslustradora que pode decorrer do mau exemplo dos governantes e dos pretendentes a governar. Tudo muito natural.
Sinto-me com dificuldade de escolher o presidente ideal com um quadro político onde os três candidatos principais são completos enganadores?
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