1º DEBATE ENTRE OS PRESIDENCIÁVEIS: MODELO DE PERORAÇÃO SEM SUSTANÇA - POR LUIZ SAUL

 

Do meu ponto de vista, o debate pela presidência seguiu modelos anteriores de peroração sem a sustança esperada para atravessar 4 anos. Talvez pensando em segundo turno, houve até um pisar de ovos, interpretado como fair-play. Com todos conhecendo o roteiro, houve poucas escorregadelas, inclusive da tal da Dilma.

 
Do pouco que pude extrair, fiquei como sempre chocado com a defesa da presidente quanto à construção do porto em Havana e do assistencialismo financeiro à África, porque, ao contrário do que diz, não me parece que o empresariado brasileiro vá usar o porto de Mariel com a intensidade que justifique o investimento. 

Por enquanto, segundo consta, está servindo de entreposto de contrabando de armas para a Coreia do Norte. Enquanto isso, os portos daqui e os respectivos acessos rodoviários estão inviabilizados para o escoamento da safra agrícola. Quando questionada, falou de todos os assuntos, mas usando verdades incompletas. Dessa vez não falou que foi torturada.

Da Marina Silva destaquei que parece pensar em um mandato seletivo de onde sobressai a sua ojeriza a alguns políticos que, querendo ou não, seriam seus parceiros na administração do país como um todo. Extrapola o personalismo ao afirmar que mantém a coerência na recusa de apoios negociados pelo Eduardo. Está sinalizando esse tipo de apartamento para escolher os amigos e os não. E algo que não existe em suas hostes é justamente a coerência. A sua aliança bem se assemelha a uma bomba relógio em contagem regressiva. 

 
Quanto ao Aécio, já meio raposa velha, tecendo loas a sua administração mineira, afigura-se como o mais bem articulado, porém, com o mesmo conteúdo protocolar para esse tipo de ocasião, que poderia ter sido usado há 4, 8, 12 anos atrás. Acenou com a instituição de mais uma bolsa dinheiro para os jovens de 18 a 29 anos. Todo o mundo pensando em distribuir os dinheiros do Tesouro.

O Fidelix está naquela de perdido por um, perdido por dez, foi o único a tocar nas feridas profundas do país, mas não tem chance. Eduardo Jorge é o melhor exemplo de um homem inteligente que com o tempo se esvaziou. 

 
A Luciana Genro é barulhenta e radical, patricinha de esquerda ao estilo Cohn-Bendit da França de 1968. Fico com a impressão de que é capaz de dançar La Habanera vestida de Carmem Miranda. E o Pastor Everaldo, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk! 

 
Tamos lascados!

Por: Luiz Saul Pereira