A grande “inovação” do discurso da tal da Dilma reside em esticar a “premissa” para se chegar a “conclusão”. Muito “pedagógica” a entrevista concedida ao Bom Dia, Brasil, da Rede Globo. Com essa técnica, a entrevista se transforma em uma espécie de bate-boca, mediante a perda da paciência dos entrevistadores com o lero-lero.
O esforço da candidata em ajustar os dados negativos registrados no país dentro de uma lógica favorável ao seu projeto é impressionante. Basta notar a digressão sobre a Petrobrás (aí incluído o “eu não sabia”), assim como o “ajuste” que pretende fazer sobre o crescimento econômico da Alemanha.
E ainda tem a “explicação” extremamente “didática” para a baixada do nível da campanha, explicando a pretensão de desconstruir a imagem da Marina Silva, como apenas a reposição das “verdades absolutas” do seu raciocínio ou daqueles assessores que o constroem.
Certamente os seus seguidores, alguns dos quais como de hábito cegos ante a realidade, dirão que a candidata foi muito bem e deu um show de respostas aos “tendenciosos” entrevistadores. É claro que isso faz parte do jogo, até porque a venda dos seus olhos tem a firmeza de uma pirâmide, e não aceita o contraditório contido no descontrole nacional construído ao longo dos últimos 12 anos.
Não basta ser cego, tem que valorizar a cegueira.
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