O Brasil não se cansa de enriquecer o seu folclore político, em uma inesgotável capacidade de alguns dos seus homens e também mulheres de atuarem nos extremos do ridículo e do cinismo e das invencionices.
Não bastam os Tiriricas, ora em mandato, e os factoides do tipo Macaco Tião e Cacareco, de eleições passadas, além de tantas figuras estranhas que transitam ou transitaram pelos plenários municipais, estaduais e nacional. Recentemente, teve aquele vereador afirmando que o seu eleitor foi dormir, e, quando acordou, estava morto.
Mas, poucos se comparam à entrevista concedida por Paulo Maluf à Globo News, via Geneton de Morais, debochando dos crimes que lhe são imputados fora do Brasil, de onde não pode tirar o pé sob pena de prisão. Afirma que somente aceita ser interrogado por autoridades brasileiras, não se sabe se por confiar na impunidade que as leis daqui ensejam, ou se por não acreditar na imparcialidade da Justiça dos demais países.
A candura com que se entrega às negativas dos delitos comprovados a sobejo aqui e lá fora é tamanha que o telespectador desavisado, desinformado e ludibriado pode até pensar em um altar para o indivíduo. Em que pese toda a artimanha, um banco estrangeiro chegou a celebrar acordo de leniência, pagando uma baba para não ser indiciado, por conta de haver abrigado dinheiros irregulares, do “nosso incrivelmente nobre” deputado.
Mas, não é só isso que enriquece o folclore político daqui.
Em pouco tempo, por exemplo, poderemos ter um novo milagre da ressurreição, com o retorno à política de tipinhos como o João Paulo Cunha, que perdeu os cabelos descrevendo em peça pretensamente literária a sua experiência na Papuda, depois do mensalão, e se prepara para se imiscuir no processo eleitoral de São Paulo, a começar pela cidade de Osasco, sua antiga base um tanto criminosa.
Também o famigerado Delúbio Soares, ex tesoureiro do PT, para quem o Caixa 2 não passava de um procedimento corriqueiro e sem importância, redesenhado como “verbas não contabilizadas”, sonha com uma candidatura à Câmara Legislativa de Goiás, seu primeiro Estado.
Não é que esses elementos de ficha suja turbinada não possam ter esse tipo de aspiração, uma vez que a frouxidão das leis brasileiras já considerou purgadas as suas falhas. A questão que pega é que o passado ainda os condena. A remissão moral poderia efetivamente ocorrer pela via da indolência do pensar do eleitor, que, como se sabe, é comum por aqui, e poderia oferecer mais uma chance a quem não aproveitou todas as que teve.
Os balões de ensaio já estão no ar. Caso avancem, poderemos ver restabelecidas as repúblicas que infernizaram o país. Menos, suponho o Dirceu, na medida em que o petrolão certamente o alcançará.
O altar! O altar! Queremos o Altar!
Por: Luiz Saul Pereira
O PT prega agora "novas alianças", é a proposta que consta no documento " Declaração de Salvador". Muito cinismo!!!!
ResponderExcluirÉ chegada a hora de uma CPI ou uma Corte de Justiça autorizar a quebra do sigilo bancário de duas entidades brasileiras que necessitam ser urgentemente higienizadas: a CBF e o BNDES.
ResponderExcluirEm pleno século XXI, às vésperas de grandes decisões mundiais, nada mais vergonhoso que o esconde-esconde de quantias bilionárias destinadas impunemente a comercializações espúrias ou escandalosamente ilegais, beneficiando quadrilhas e escroques nacionais e internacionais, graduados, não-graduados e pós-graduados, de todos os segmentos sociais.
A Nação Brasileira exige um rotundo BASTA!! nas malversações acontecidas por debaixo dos panos, humilhando nossa dignidade pátria, nossos valores históricos e a cidadania do Povo Brasileiro!!!