PROPÓSITO DE ACABAREM AS TRADICIONAIS FESTAS JUNINAS

Chega novamente o competitivo mês de junho onde  acontece a maior festa regional do Brasil: o São João, uma comemoração notável que costuma movimentar todo o Nordeste e particularmente nosso Estado de Pernambuco. São 187 cidades envolvidas em folguedos ao mesmo tempo, com muita comida típica, fogueiras, queima de fogos, concurso de quadrilhas, apresentações do forró, pé-de-serra ou grandes shows de renomados artistas divulgados na mídia, alegrando as noitadas destinadas ao santo festeiro. Durante muitos anos a população de Triunfo,  considerada o "Oásis do Sertão",usufruiu dessa maravilhosa animação, chegando a atrair como frequentadores triunfenses residentes fora,  da Região do Pajeú, além de visitantes e turistas outros, que não poupavam calorosos elogios.Destacando ainda  os encontros matutos acontecidos com ornamentação típica realizados na Sociedade Triunfense de Cultura-STC., sob o comando do saudoso conjunto "pé-de-serra" do velho "Arvelino", depois o filho "Duquinha", reforçado pelos músicos "Adauto", "Zé de Lior", Miguel Panelada", "Zé Leal" que sustentavam o ritmos respectivos a noite inteira, recebendo ainda canjas de potentes vozes, a exemplo de "Zé Mendonça"

Infelizmente passou-se a conviver com a revoltante  recaída continuada do nosso antes destacado São João, representando mais uma demonstração evidente da visível falta de sintonia e comprometimento dos gestores (prefeitos, secretários, diretores, assessores) e fiscais do povo (vereadores), escalados naturalmente através do voto ou por indicações executivas para representar o município. Lamenta-se porém, não cumprirem à risca as obrigações inerentes, determinadas pelas ocupadas funções, devido ausência de visão administrativa e sentimento nativista.Esses pseudo-representantes dessas movimentações juninas, geralmente não participam e nem ao menos na cidade ficam, escondendo-se dos contatos pessoais para evitarem despesas com o vicioso assistencialismo que eles próprios criaram e defendem como manutenção sistemática. E assim desbancando por completo a fundamental estratégia de fortalecimento do negócio como um todo, dificultando conseguir patrocinadores para essa tradicional festa sertaneja.

Quase todos os componentes dessa confusa e intrigante administração municipal ( prefeito, vice-prefeito, secretários, assessores, diretores e vereadores) no período que era para estarem prestigiando a festividade local e marcando presença numérica, ocupando espaços estratégicos nos  respectivos setores, desaparecem igual um raio para outros municípios próximos ou distantes, deixando o badalado ponto turístico em situação de penúria, faltando o mínimo de infraestrutura física, sem bares, lanchonetes e restaurantes suficientes para atendimento da demanda e por incrível que pareça, as luminárias das praças e do Lago João Barbosa Sitônio apagadas, nem parecendo que existe festa.Todo esse descaso demonstrado e comprovado pelos informativos, causam repúdio de quem chega para curtir o propagado lugar, atraídos pela eficiente propaganda salvadora patrocinada pela comunicação do Serviço Social do Comércio - Sesc. Depois que tudo isso cessar, espera-se que não se venha depois as costumeiras lamentações por parte dos próprios algozes, que  ao mudarem de lado, tentam enganar e trocam de opinião na maior facilidade do mundo.

O pior é que, além de outros constatados  setores administrativos não serem considerados pelos mesmos, prioritários, como:  saúde, educação, segurança, estradas, abastecimento, habitação, saneamento, agricultura, turismo, esportes, lazer, resolveram abandonar a tradicional data de propósito para esvaziar a possibilidade de soerguimento, esquecendo a contratação antecipada de artistas regionais; evitando as comemorações  juninas e ainda alegando com total hipocrisia que  “aqui data nunca vingou", ou "jamais foi tradição" ( esquecem a multidão que acomodava o extenso palhoção instalado da Praça Carolino Campos durante três dias, com satisfatórias apresentações de cantores e bandas, concurso de quadrilhas, disputa da maior pamonha,  premiação da rua melhor ornamentada, desfile de casamento matuto, queimação da fogueira no Lago João Barbosa Sitônio), então outra pérola, tipo: “deixaram para investir na  Festa dos Estudantes"; exatamente acontecendo  um mês depois, no entanto financiada pelo Governo do Estado de Pernambuco - Fundarpe. Esse parece ser outro evento marcado para desaparecer de vez, porque algumas noites irresponsavelmente foram desativadas, sob alegação absurda de ser preferível  assim, resultando prejuízo à economia local. Onde já se viu três noites de evento, trazer igual resultado a oito movimentadas festividades como era costume? Triunfo. está afundando as tradições, mas infelizmente quase ninguém enxerga e continua a fazer de conta que está tudo dentro da maior normalidade.Até quando?