quarta-feira, 17 de junho de 2015

UNS TEMPOS DAS FESTAS JUNINAS POR ROGÉRIO MOTA


Chegou o mês de Junho e os nossos Santo Antônio, São João e São Pedro estarão bem festejados. Sempre  para nós matutos Nordestinos, será uma festa que tem de tudo das nossas raízes. Da música que encanta o povo - que saudade do Luiz Gonzaga... - e até  das comidas bem regionais: canjica, pamonha, milho cozinhado e assado, pé de moleque e vários tipos de bolos como também das danças tradicionais.

Quem não se lembra quando nossas quadrilhas de São João eram dançadas nos terraços das nossas casas ou às vezes na rua mesmo bairro onde morávamos com todos os dançarinos vestidos de matutos e matutas de uma forma bem original, diferentes uns dos outros e, muito engraçados. Tinha aquele que gritava e ao mesmo tempo cantava pra quadrilha dançar, com direito de até do casamento do matuto com a matuta onde normalmente eles namoravam prá valer depois das brincadeiras. Também tinha o padre e o delegado bem engraçados. A decoração era muito bonita e com muita alegria, muitas bandeirinhas coloridas, balões de todos os tipos e até com velas acesas, tinha as palhas de coqueiros pra enfeitar e muitas folhas de eucalipto pelo chão pra dar um cheiro de interior bem gostoso.

Teve um tempo que arranjávamos uma carroça puxada por um cavalo pra carregar os noivos, tudo muito interior mesmo! Todos participavam: crianças, jovens, nossos pais e até os nossos avós. 

Na semana que antecedia o São João, a gente confeccionava as nossas rifas com caixão de madeira onde enfeitávamos com papel de seda muito coloridos. Colocávamos nossos fogos de todos os tipos: bombinhas, trago de massas, bichas de rodeio, vulcão e os peidos de véia que era comprados pelos nossos pais, e na frente das nossas casas ficávamos à vender a quem quisessem comprar. Eita que coisa boa!  Todos em nossas ruas faziam suas fogueiras em frente as suas casas bem à caráter com os todos tipos de madeira pra queimar. Tinha de tudo: restos de janelas, de portas e o que de madeira no quintal de nossas casas se encontravam jogados, entravam na fogueira. E tinha fogueiras nas festas dos três Santos, sim. Soltávamos nossos balões, cada um maior do que o outro e, não tinha essa de proibidos não. A gente soltava mesmo sem preocupação. Que perigo, mas, nunca soube de um incêndio.  Vamos festejar as nossas tradições, com muita animação. Eita festa boa danada que é o São João. Viva o São João!!!



Rogério Mota

Um comentário:

  1. Oportuno comparativo que pode ser relacionado a nossa cidade.

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