segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O BRASIL ESTÁ OU NÃO NUM MATO SEM CACHORRO? - POR LUIZ SAUL

 

De bobagem em bobagem, vamos enriquecendo o nosso folclore político.
Porta voz do casuísmo, o Cássio Cunha Lima, do PSDB, interpreta a Constituição ao próprio alvedrio, sugerindo a realização de novas eleições, independentemente da forma que eventualmente se dê a antecipação da saída da dilma. Em primeiro lugar, ainda que haja sinais e motivos, não é certa a saída da mulher mandi-oka. Depois, novas eleições somente poderiam ocorrer na hipótese da inviabilização tanto da dilma quanto do Temer, pela via da Corte. Por isso, o PSDB sonha com nova eleição para barrar o espaço do PMDB. A sucessão intempestiva (se inevitável) não poderá infringir nem a Lei nem a inteligência para favorecer o ranço ainda existente do raciocínio coronelista.

Agora, vejamos se o Brasil está ou não num mato sem cachorro e que, quando atingimos a meta dobramos a meta:

Acaso caísse só a dilma, teríamos o Temer no comando que certamente não seria pior, mas já desembarcaria em confronto com o Aécio que tem vinculação com as investigações da Operação Lava Jato. Implica que poderia dar curso ao mandato visando, inclusive, uma nova eleição, o que representaria uma enorme novidade para o seu partido.

Noutra hipótese – a da concomitante queda da dilma e do Temer –, assumiria o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, este já citado pelas mesmas investigações, e que considera que a melhor defesa é o ataque que vem realizando contra a paliçada do Planalto, até aqui com êxito suficiente para levar o adversário às cordas. Mas, em que pese a sua movimentação e animus sperneandi contra o Juiz Moro e o Rodrigo Janot, poderia também ser constitucionalmente inviabilizado para o exercício do cargo para outro substituto.

Acontece que esse “outro substituto” seria ninguém menos do que o senador Renan Calheiros, o qual, segundo consta dos boatos, estaria na linha de frente e prestes a ser citado pela mesmíssima investigação que não se cansa de ser referida. Nos últimos dias, o político alagoano parece vir migrando a sua antipatia ao Palácio para algum tipo de neutralidade silenciosa ou até alguns ares de simpatia. É o que parece, e não se sabe o que está camuflado nesse quase descolamento do Eduardo Cunha. Ainda assim, as circunstâncias poderiam também apontar para a sua inviabilização para o cargo da mulher sapiens. 
 
Daí que, cai um aqui, outro ali, resultaria o abacaxi para o colo do Ministro Presidente do STF, Lewandovski que não é político de origem, e apenas gerou indagações após a coincidência do seu encontro com a dilma na cidade do Porto.

Parece uma folclórica corda de caranguejo. Eu hein!

 
 Por: Luiz Saul Pereira

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