quinta-feira, 10 de setembro de 2015

SETEMBRO AMARELO - DIA MUNDIAL DA PREVENÇÃO DO SUCÍDIO


A cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no mundo, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde. Em uma tentativa de reduzir esse número — a meta da OMS é diminuir em 10% a taxa mundial até 2020 —, a Associação Internacional de Prevenção do Suicídio criou a campanha do Setembro Amarelo e estabeleceu o dia 10 de setembro como o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. A ideia é discutir o assunto e divulgar ações preventivas.


— O suicídio é o desfecho de uma doença física ou mental e pode ser prevenido quando falamos sobre o assunto. Hoje, ele é tratado como tabu, o que contribui para que continue acontecendo — explica Roberta Grudtner, coordenadora da residência médica em psiquiatria do Hospital Psiquiátrico São Pedro em  Porto Alegre.

Não há um só motivo e não é só uma questão de números. O suicídio está cercado por uma teia de complexidades emocionais e afetivas e não é possível determinar causas específicas que levam o indivíduo à decisão de acabar com a própria vida. Mas uma análise de dados referentes às tentativas de autoextermínio e de mortes autoinflingidas confirmadas pode abrir caminhos para conclusões importantes. Constatações que podem ser eficazes no auxílio em busca da melhor saída: viver.

Embora pouco se fale a respeito, o suicídio é mais comum do que se imagina em todo o mundo. No Brasil, já se tornou um problema de saúde pública com o registro de aproximadamente 9 mil suicídios por ano ou uma morte a cada hora.


No Dia Mundial de Combate ao Suicídio, 10 de setembro, vale frisar que os números têm aumentando principalmente entre a população jovem. O suicídio é a terceira causa morte entre homens com idade de 15 a 29 anos e os distúrbios mentais estão associados a praticamente 100% de todos os suicídios registrados no país, contudo, embora o transtorno psiquiátrico seja condição necessária não é suficiente para o comportamento suicida.

A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) está atenta a este problema de saúde pública e acredita que poderia ser atenuado, se os profissionais que atuam na saúde mental fossem mais bem capacitados e se os serviços de emergência, funcionassem de maneira adequada.

Na área de prevenção é necessário desenvolver estratégias de promoção de qualidade de vida, de educação e de proteção e de recuperação da saúde. Na área de informação são necessárias ações de comunicação e de sensibilização da sociedade de que o suicídio pode ser prevenido.

É fundamental que se organize uma linha de cuidados integrais (promoção, prevenção, tratamento e recuperação) em todos os níveis de atenção para garantir o acesso às diferentes modalidades terapêuticas. Para qualificar o atendimento, o governo federal, em especial o Ministério da Saúde, precisa urgentemente de ações de implantação de processos de organização da rede de atenção e intervenções nos casos de tentativas de suicídio.

Faz-se necessário o desenvolvimento de métodos de coleta e analise de dados, permitindo a qualificação da gestão, a disseminação das informações e do conhecimento. Ainda, existe no Brasil emergências psiquiátricas separadas da emergência geral, o que vai na contramão da tendência mundial que é ter a psicologia e a psiquiatria como especialidades de suporte ao paciente em situação crítica.




Um comentário:

  1. No dia 11 de outubro acontecerá no Ipuarana Clube aqui em Fortaleza, um encontro nacional dos ex alunos franciscanos de Triunfo , Canindé, Tiangua, João Pessoa e de Ipuarana. A celebração religiosa será presidida por Frei Beto, Ministro Provincial. Na ocasião será lançado o livro - Ipuarana Clube 40 Anos Depois - uma coletânea sobre o Clube e a convivência fraterna dos ex alunos. São considerados todos os ex alunos.

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