Direto da “sucursal” em Serra Talhada, saudando a seriguela, confirmo
que o Lula reassumiu a condição de homem mais poderoso da nação.
Movido por uma mistura de medo e arrogância, testou e confirmou a sua influência, especialmente na CPI da Carf, na qual brecou sem enrubescer as tentativas de convocação do dileto filho, assim como da Erenice, e do fiel escudeiro Gilberto Carvalho.
Com isso, determinou quem pode e
principalmente que não pode ser investigado, ainda que as provas se
revelem em toda a escabrosidade. Assim, restou o recado ao senador
Ataídes de Oliveira (PSDB), presidente da CPI sobre quem efetivamente
manda, determinando o encolhimento das ações desse senador.
De notar que há poucos anos conseguira o mesmo em relação a si próprio, quando passou em brancas nuvens no caso da Ação Penal 470, ainda que o Valério, depois de condenado, haja tentado oferecer delação premiada para entregar o ex-presidente como chefe e mentor da coisa de então.
Mas, não é só isso que prova a ressurreição desse apreciador do Red Label. Recentemente reduziu a dilma ao fantoche que de fato é conduzindo o arremedo de reforma ministerial, no qual, ele, o Lula, definiu para quem iriam os ministérios, inclusive o da Saúde, que é a joia da coroa orçamentária.
Ainda não é só isso. Percebendo o que os “estrategistas” do Planalto não enxergam, o Lula determinou que, doravante, cesse tudo o que a musa canta em relação às críticas ao Eduardo Cunha. Ele compreende, com razão, que o Eduardo sustenta a dilma, assim como esta sustenta aquele, enquanto não se aclarar a situação, ou enquanto uma das partes não iniciar um movimento. Vale dizer, se o Eduardo der curso ao impeachment, sai perdendo o mandato no dia seguinte; e se o Planalto insistir na derrubada do Eduardo, este dará curso à proposta do afastamento da Pinóquia, e todos perdem. Parece complicado, mas o raciocínio é bem simples.
Intemerato e confiante na impunidade, o Barba segue em sua trajetória sem estar nem aí para as ameaças embutidas nas investigações sobre o tríplex da Bancoop, no Guarujá; sobre a remuneração miliardária de suas “palestras”; sobre o amigo Bumlai; sobre os imóveis em nome de terceiros: sobre as noras e sobre a Rose, e segue a lista.
Contudo, tratando-se de fatos já do domínio público, o Lula, além de estar arquitetando o seu improvável retorno ao trono palaciano, pode estar também idealizando aquilo que pode representar a sua maior e pior ameaça ao Brasil.
Com efeito, depois de testar a sua força na CPI da Carf; depois de avaliar a sua influência na reforma ministerial; depois de dizer à dilma quem é que manda, pode daqui pra frente investir contra a Operação Lava Jato e contra o juiz Sérgio Moro.
Em primeiro lugar, intentará mais uma vez a retirada do seu e parceiro José Eduardo Cardozo da pasta da Justiça. Em seguida, um de seus apaniguados naquela pasta poderá atrapalhar a ação da Polícia Federal, e, por fim, encontrará meios de desmoralizar o Moro, se a sociedade não se manifestar, e se a mesma sociedade não se postar ao lado também do Ministério Público Federal que atual naqueles processos. Essa pode ser sim a maior ameaça ao país.
Ali é curíntia, mano!
Ave, seriguela!
Estava sentindo a ausência do senhor Luiz Saul Pereira no editorial deste midiático jornal. Pois não é que ele encontra-se longe, na sua terra natal Serra Talhada-PE. E nem por isso deixou de enviar o seu engraçado, mas realista recado sobre a situação política atual do País.
ResponderExcluirDesejo boas e merecidas férias a seu Luiz. que retorne com muitas fotografias e novidades da região do Sertão.
ResponderExcluirAPROVEITE LUIZ SAUL PARA DESCANSAR BEM MUITO DESSA SAFADEZA QUE CONVIVE EM BRASÍLIA.
ResponderExcluirNão demore.. leitores da.sua coluna ...estão sentindo-se órfãos das notícias quentes daquela zona federal.
ResponderExcluiro jornalista está fazendo falta nas edições
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