segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

HAJA PAJELANÇA, MACUMBA, TUDO MAIS E VIVA A GUERRA! - POR LUIZ SAUL


Por mais sinistro e funesto que possa parecer, parece bastante razoável que a turma brasileira ligada à produção e à comercialização do combustível fóssil com base no petróleo esteja comemorando o desentendimento reacendido entre o Irã e a Arábia Saudita. A Venezuela está na mesma festa.

Traduzindo, por se tratar de região de intensa extração dessa matéria prima, o eventual aprofundamento do conflito – que, por enquanto, está limitado ao recolhimento dos embaixadores respectivos e às costumeiras ameaças verbais – determinará fatalmente o aumento dos preços do barril de petróleo no comércio internacional.

A majoração da commodities constitui, hoje, o grande sonho da Petrobrás, e também da dilma, pela circunstância de instituir uma nova “bandeira de progresso”, mas principalmente por abrir novo horizonte em relação à viabilidade da exploração das reservas do Pré-sal, tanto do petróleo, quanto do gás. No momento, como se sabe, com o preço internacional do barril tangenciando menos de US$40, a exploração afigura-se economicamente inviável para a empresa.

Em uma região secular e permanentemente conflagrada pelos mais diversos motivos, a execução, pela Arábia Saudita, de um clérigo da simpatia do Irã pode determinar uma escalada paralela a tantas desavenças já em andamento que envolvem basicamente todos os países islamitas. No rastro das primeiras escaramuças diplomáticas os países satélites da Arábia já seguiram o rompimento das relações diplomáticas com o Irã.

Nessas condições, azeitar as máquinas de guerra constitui a prioridade imediata de ambos os lados. E, como as economias envolvidas são lastreadas quase que exclusivamente pela extração do petróleo, será natural que busquem robustecer os cofres para sustentar qualquer conflito. 

Daí que, com o poder discricionário que têm seus governantes de estabelecer a bel prazer os preços das suas reservas para cima ou para baixo, fatalmente optarão pela elevação. Ainda mais a Arábia que, segundo consta, encontra-se em dificuldade pelo excesso de compensações sociais que oferece para evitar a sua primavera árabe. O cala boca de lá seria infinitamente superior às bolsas isso e aquilo daqui. 

Como nada por ali é simples, especialmente pela glorificação do fundamentalismo religioso e político de ambos os lados, além do poderio das forças armadas envolvidas, o conflito preocupa de forma especial os demais países fora do perímetro, como é o caso da Rússia e dos Estados Unidos para aplainar os ânimos, mas não demais, como forma de garantir a continuidade das tensões e assim confirmar as respectivas influências. É assim que tem sido.

O fato é, que, para o Brasil, a execução de um religioso muçulmano do outro lado do mundo gera condições de dar um fôlego à empresa brasileira e até auxiliar essa coisa que chamam de governo dilma. Haja pajelança, macumba e tudo o mais.

Mas, não pensem os brasileiros que a exploração do Pré-sal poderá trazer benefícios sociais a médio prazo. Primeiro é necessária a recuperação da petroleira daqui que foi assaltada e desmontada aqui, e ainda hastear a bandeira da grande comandanta. Os preços dos combustíveis aqui continuarão se elevando porque populacho é para ser explorado mesmo.


E viva a guerra!




Por: Luiz saul Pereira
        Brasília - DF

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