HOMENAGEM AO MEU PAI, ZITO MOTA, NO SEU CENTENÁRIO - POR ROGÉRIO MOTA

Com o seu jeito das brincadeiras agradáveis trazendo a alegria, sabia contar as suas histórias e narrava de uma forma que ao ouvirmos, os personagens dos contos vinham em nossas imaginações como se fossem reais. Foi um excelente contador de histórias. Alguém até poderia perguntar: seu pai viveria até os 100 anos? Eu responderia que se não fosse à morte do meu irmão Luciano em 1994 - trágica que tirou de papai, totalmente o animo de viver e, me disse certa vez: você não sabe o que é a dor na alma em perder um filho, dói muito! - provocado por um acidente de carro, papai viveria muito mais. Ele faleceu aos 85 anos de uma complicação de saúde pela enorme fragilidade. 

No domingo dia 10 de abril de 2016, papai completa os seus 100 anos que, na minha memória eu tenho a certeza de que ele foi o melhor pai do mundo.

Ter um humor afinadíssimo, uma vontade enorme de fazer amizades e de manter os seus familiares e amigos sempre em bons momentos de descontrações, era um santo remédio para que papai nunca ficasse doente, talvez por isso, com o seu habito de nunca gostar das comidas gordurosas, comia pouco. Gostava de caminhar e de dormir o necessário. Isso foi muito bom para o seu desempenho físico e mental, se manter sempre em plena atividade. 

Papai casou com minha mãe a triunfense Mary Lima em 1945 na Igreja Matriz da cidade de Triunfo e, em 1948 morando em Recife no Bairro da Tamarineira, nasceu seu primeiro filho Mauro. Eu nasci em 1950, Eudes em 1951, Luciano em 1953 e Merinha em 1958. Tinha ele um amor pelos filhos incondicional, extravagante ao ponto de tudo, tudo mesmo pelos cinco filhos. 

Tivemos uma infância boa e muito participativa em tudo que uma criança imaginasse e, ficaram boas lembranças e grandes recordações. 

Zito Mota era jornalista redator e revisor do Diario de Pernambuco durante 37 anos e, ao mesmo tempo Auditor Fiscal da Fazenda Estadual até se aposentar. 

Foi político como prefeito de Vicência na década de 50 e candidato a prefeito em Nazaré da Mata sua terra natal nas eleições de 1968 pelo MDB, perdendo para o candidato da Arena num dos piores momentos da política nacional em plena ditadura militar, por apenas 20 votos. 

Seu maior desejo foi cumprido, queria terminar sua trajetória de uma excelente vida na sua casa da Rua São Caetano 28 do bairro de Campo Grande onde lá moramos por décadas e onde fomos felizes em todos os momentos. 

Feliz Aniversário pelo seu Centenário de existência Papai.

Eterna Saudade, abraço forte e um afetuoso beijo.

 

Rogério Mota

rogeriomota60@hotmail.com