segunda-feira, 31 de outubro de 2016

NENHUMA PROVIDÊNCIA PARA REATIVAR A FESTA DA PADROEIRA - POR CARLOS FERRAZ









Tem-se plena e integral consciência que quase todos acontecimentos religiosos de comprovada envergadura,  são geralmente transcorridos no Interior do Estado durante cerca de oito a dez dias no período estipulado de acordo ao calendário festivo municipal, pelo menos na Região do Pajeú, é assim. Existindo aqueles tradicionais e emocionantes terços, novenários participativos, caminhadas de fé e penitencial, celebrações eucarísticas, noites temáticas,inúmeros batizados,muitas crismas,marcados casamentos, queimas de velas e fogos, orações compenetradas, missas campais, procissões solenes, ofertas de ex-votos, pedidos de graças e pagas promessas - algumas de forma pitoresca, mas dolorosa, chegando ao exagero, como andar descalços e de joelhos. Atitudes sicronizadas no tamanho da crença devotada.

Acontece também a parte divertida e popular, oferecendo parques de diversão, peças teatrais, disputadas quermesses, exposições de arte, apresentações de bandas de música, desfiles de grupos folclóricos e apresentações de cultura popular, como: festivais de cantadores, encontro de sanfoneiros, recitais de poesias, shows de artistas locais, regionais e nacionais; venda de artigos religiosos e de artesanatos, barracas que oferecem bebidas e comidas típicas. Entendam que esses festejos populares seguem paralelos às cerimônias religiosas, onde intensas programações tradicionalísticas atraem centenas de fiéis, entre devotos, romeiros e peregrinos, curiosos, visitantes de outros municípios circunvizinhos, turistas vindos de outros estados e ocasionais frequentadores de alguns países.Significando geralmente reunião de conterrâneos e amigos.






Muitos comparecem tentando unir o útil ao agradável, aproveitando para conhecer  além do citado,os pontos  turísticos, assim como locais atrativos: prédios históricos, belezas naturais, participar da cultura, comprar produtos artesanais e curtir abundante lazer. Em Triunfo, Nossa Senhora das Dores, dentro do sincretismo religioso municipal,  é venerada padroeira. No entanto a tradicional festividade terminou completamente esvaziada, quase não sendo mais citada nos meios sociais, tudo depois da condenável e precipitada transferência da Praça 15 de Novembro ( Marco Zero). Estranho é que nunca aconteceu a devida contestação, permanecendo sob completa indiferença dos conservadores paroquianos. Passou a ser comemorada de 24 a 31 de dezembro no Pátio de Eventos Maestro Madureira, ao lado da Praça Carolino Campos e  à beira do Lago João Barbosa Sitônio, encerrando de vez os saudáveis encontros de confraternização  de décadas entre triunfenses residentes e triunfenses visitantes.Verdadeiro crime que omissos religiosos evitam questionar e a população em geral deixa acontecer sem nada fazer para retomar onde na verdade deveria continuar acontecendo sem interferir noutros incrementos surgidos.

Embora algumas pessoas solidárias ao problema instituido, que ainda amam Triunfo, tentem reverter o quadro desabonador,  lamenta-se que nenhuma anunciada providencia, até o presente momento, foi tomada visando  contornar o desgaste provocado. Deve-se reunir uma equipe criativa e determinada para discutir o retorno das manifestações ao antigo espaço.  Sem causar quaisquer outros prejuízos à uma celebração que beira 100 anos, nem também para o maravilhoso " Natal Triunfo", organizado pelo Serviço Social do Comércio - Sesc, conveniado com Governo do Estado de Pernambuco, Prefeitura Municipal de Triunfo, Associação Comercial do Municípo de Triunfo, Fundarpe, além de entidades públicas e privadas diversas. A verdade é que sobre a Festa de Nossa Senhora das Dores, ninguém mais comentou. Resta ficar na expectativa, tentando descobrir qual a solução de conciliar antiguidade e modernidade, será tomada. Não se pode acreditar é que o próximo comandante do Poder Executivo fique alheio a esse golpe sofrido pela sociedade triunfenses, vendo desaparecer algo tão significativo, para funcionar no espaço utilizado em aglomerações secundárias que nada acrescentam ao histórico que está sendo interrompido.Avante triunfenses, o tradicional Natal e Ano Novo, englobando a festa da padroeira necessita retornar aos moldes anteriores. Por favor não venham com as desculpas esfarrapadas que o espaçõ do entorno da Igreja Matriz não comporta mais, porque é totalmente inverídico,tem-se como provar diante argumentos legítimos. Salvem Triunfo!



Por: Carlos Ferraz
         Editor/ Triunfo - PE

21 comentários:

  1. Um alerta muito interessante esse que está sendo feito pelo blog. É um indicativo de que está existindo uma desatenção não muito recomendável com a tradição da cidade.

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    2. se depender desses religiosos de mentirinha que somente querem encontrar tudo pronto ou se empenhar por interesses unicamente familiares e pessoais, pode saber que a festa vai continuar descaracterizada como está. priu...fui...

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    3. salvem triunfo. por favor.

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    4. Ai que saudades!!!...

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    6. Qto descaso!! Pobre senso administrativo!!
      Batista!! Mude as práticas!!
      Inove!! Governe, de fato!!
      Torcendo por você...
      Por uma brilhante, justa e ética administração...

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    7. A estrela do sucesso da Pousada Baixa Verde é , com certeza , a esposa do Pedro Júnior , a Sra. Teresinha . Eu indiquei essa Pousada a vários colegas meu da CHESF e, como recompensa , tive o que ele ( PEDRO JÚNIOR) disse a um colega meu: " ela é doida ! " Cuidado Pedro Júnior, que Triunfo , hoje possui várias pousadas e a melhor propaganda é o boca a boca

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    8. Verdade tinhamos os alfinetes de atar os matutos como chamávamos hoje não existe mais matuto.

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  2. Maria Aparecida Ferreira28 de outubro de 2016 às 20:37

    Antes de ser feita essa mudança de lugar, deveria terem ouvido a população e não empurrarem de goela abaixo a desativação dessa festa tão tradicional de qual tenho muitas recordações agradáveis.

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    1. José Luiz Alves Bezerra29 de outubro de 2016 às 07:34

      Ao que parece, chegou a vez do senhor prefeito JB, que é a bola da vez, começar com chave de ouro a resolver esse problema que mexe profundamente com nossas tradições e desrespeita a nossa gente, que outros gestores não tiveram dimensão de sentimento para solucionar e nem a população teve disposição de confrontar, inclusive os membros governistas da religião católica.

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    4. O amigo Carlos Ferraz, retratou muito bem nossa festa de final de ano antigamente, só esqueceu de citar o algodão doce que era feito por seu Zé do sitio Machado . O mesmo trabalhava no nosso engenho na época da moagem. Meu pai nos proibia de ir comprar algodão doce, porque quando ele nos via dizia : Para as filhas do meu patrão é a roda toda. Fazia mas não queria receber, logo papai não deixava a gente ir comprar. Pois dizia que era o ganha pão dele.

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  3. SEM MEMÓRIA NÃO HÁ IDENTIDADE.ESTÁ EM JOGO A IMPORTÂNCIA CULTURAL E HISTÓRICA DE TRIUNFO. MUITO ESTRANHO NÃO TER HAVIDO QUALQUER MOBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE RELIGIOSA. ESSE EVENTO MEMORÁVEL NECESSITA SER REATIVADO NO MESMO LUGAR. DEIXEM O PÁTIO DE EVENTOS PARA CARNAVAL E FESTA DO ESTUDANTE QUE JÁ ERA REALIZADO NAQUELE LOCAL. A FESTA DA PADROEIRA DEVE SER SAGRADA NO PÁTIO DA IGREJA MATRIZ COM SUAS BARRACAS E PARQUES.

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    1. Estamos às vésperas do final do ano e gostaria de saber a posição do ilustre pároco da cidade, que parece nunca haver se pronunciado a respeito para não melindrar o senhor prefeito. Enquanto isso a festa da padroeira encontra-se mergulhada num marasmo parecendo irreversível, quando termina a novena, fecham as portas da Matriz e a antes animada praça fica sem movimento algum, igual a um cemitério.

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    3. pense num lugar bom de gente ruim. todos que moram aí se merecem. lugar onde a inveja reina. é um querendo passar na frente do outro. tudo na intenção de aparecer mais.existem mentes frustadas. pessoas doentes. totalmente do mau. que dão o bote e escondem as unhas.deus queira que esse governo dê certo.mas com as influências que sofre. não acredito.difícil conciliar as aves de rapina. principalmente da parte feminina.

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    4. POVO COVARDE. NÃO SE POSICIONA EM NADA QUANDO SE PRECISA. ABUSEI DE UM JEITO QUE QUASE NÃO TENHO FREQUENTADO AQUELE LUGAR.

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  4. por que não se une o novo com a tradição, buscando o tempo perdido?

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