Homem de sorte, o Michel Temer! E não é por causa de haver conquistado uma cuidadora do tipo Marcela!
Ganhou de bandeja a Presidência de um país que cavava o fundo do poço, não podendo ser responsabilizado pelo caos. Iniciou a gestão à frente de medida inimaginaveis , as quais, com outros mandatários significariam o fim de carreiras políticas. E, no entanto, o Chefe está surfando ondas de aprovação, excluídos os desbancados dos antigos palácios e das boquinhas institucionais.
Entre algumas mentiras e umas tantas verdades patrocinou a limitação dos gastos públicos com o maciço apoio de parlamentares habituados à vadiação e à dissipação do tesouro nacional. Em tempos tão bicudos, não lhes restava outro gesto além daquele de parecerem patriotas ciosos da fantasia da responsabilidade com a nação e um tipo de heroísmo tardio de haver despojado os representantes do desastre. Aí o Temer deu sorte!
Mas, não é só isso! A etapa seguinte afigura-se mais ainda homericamente varonil e façanhosa na medida em que pretenderá ferir aquela coisa pétrea da Previdência em que a profissionalizada velhacaria sindical se encontra entrincheirada, supostamente em defesa da classe trabalhadora, mas que, no fundo, alimenta o seu meio de vida.
Pois bem, o sortudo Michel Temer, sem sequer pedir, está circunstancialmente arregimentando novos aliados para a missão de alterar os parâmetros conhecidos do Sistema Previdenciário, através da adesão da maioria dos governadores e de muitos prefeitos municipais. Acontece que muitos dos organismos estaduais e municipais instituídos para promoverem a suplementação de aposentadoria nas respectivas jurisdições encontram-se insolvente, em situação infinitamente mais aguda do que a Previdência Nacional. Falidos mesmo, por falta de gestão e da aplicação correta da ciência da atuária, dentre outros fatores.
Vai daí que esses governadores e prefeitos vão naturalmente pressionar os congressistas para a aprovação das reformas da Previdência, com o máximo de prontidão. Vai daí também que, mesmo esperneando com cara de responsabilidade em público, os “meninos” sindicais serão levados à submissão, no privado, mesmo mantendo os discursos verborrágicos nas ruas e ameaçando as tolices de sempre. Independentemente das cores, dos credos, e do time, todos os minimamente informados sabem que o confronto da receita com a despesa previdenciária na forma atualmente praticada levará o brasileiro a uma data em que não haverá dinheiro para cumprir os seus proventos.
Ainda não se sabe o conteúdo e o alcance da reforma. O que se sabe é que sonho acabou.
Mas, o Temer é um homem de tanta sorte que a até o Ministro Fux está admitindo separar as suas contas das da dilma e livrá-lo do impeachment. Não bastava a Marcela, a cuidadora!
Por: Luiz Saul Pereira
Brasília - DF
Muito bom ler esses textos do Saul. kkkkj
ResponderExcluirAcho todos esclarecedores por saírem da fonte do Poder e divertido pela conotação humorística que o autor procura oferecer.
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