sábado, 11 de fevereiro de 2017

O RISCO DA UNIFICAÇÃO DAS POLÍCIAS: - POR RUY PATU


A "greve" disfarçada da polícia militar em vários Estados está servindo de advertência e ensinamento para se chegar a uma importante conclusão: a unificação das polícias, militares ou civis, é uma tese subversiva que representa um grave risco à segurança e à ordem pública.


Não é aceitável que a paralização de uma categoria, que exerce uma função essencial de Estado, justamente a de garantir a segurança e a ordem pública, a exemplo das Forças Armadas, exponha a população à violência e à ação de bandidos e desordeiros, deixando os governos reféns de lideranças sindicais com pretensões políticas ou de reajustes salariais que fragilizam as finanças do Estado. 

É preciso reforçar o efetivo e as competências da Guarda Nacional e das guardas municipais, com formação e treinamento adequados, para, em situações excepcionais, substituirem a ausência ou a insuficiência de efetivos policiais.

As forças armadas também precisam estar preparadas para essas eventualidades, incluindo nos seus cursos regulares disciplinas do curso de formação de polícia.
A concentração de poder sempre dará margem a abusos e subversão da ordem. 

É preciso estender o sistema de freios e contrapesos, que inspirou o princípio da separação dos poderes nas repúblicas, também às corporações policiais militares.
Não custa lembrar que a greve é proibida para os militares.



Por: Ruy Trezena Paru Jr
        Jurista

5 comentários:

  1. Muito centrado artigo, alerta para um risco perigoso unificar as forças policiais, seria uma tática de regime ditatorial

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    1. Será que existe outro meio para reivindicar os direitos?
      Expor a vida! Passar privações de toda ordem! Não ser reconhecido! Num país vergonhoso como está o nosso! Onde tudo parece está de cabeça para baixo, e ninguém ver! É muito fácil falar! Condenar! Agora viver a situação de muitos policiais é que são elas!

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    2. Nada de unificação, seria um desastre ser concentrado todo o aparato policial do Estado numa força única.

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  2. João Carlos Rodrigues13 de fevereiro de 2017 às 06:22

    Oportuno assunto abordado pelo senhor Patu, que tem se destacado nos diferentes temas aqui publicados , agora com maior frequência. A questão da polícias é algo melindroso que precisa receber um análise profundo em relação ao corporativismo crescente apresentado ultimamente .

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