sexta-feira, 19 de maio de 2017

FARINACEO DO MESMO SACO - POR LUIZ SAUL




Então, voltamos aos velhos tempos e já não estamos à beira do precipício, mas em queda livre depois do passo em falso. Enquanto esperamos o pronunciamento do presidente herdeiro às portas de abdicar ou de “ser abdicado”, já sabemos que, não importando o conteúdo, a tese da governabilidade e de sua sustentabilidade não está mais entre nós. De minha parte, estou esperando ainda hoje a sua renúncia que não considerarei ato de grandeza, mas uma saída pela direita a caminho de Curitiba. 

Pode ser que, considerando a desqualificação da “nossa” representatividade política, esteja se armando um cenário hipotético, mas real de perigo para a preservação da democracia, ante o descalabro que está remetendo as instituições mais importantes para o subterrâneo da imoralidade. 

A determinação do STF, pelo afastamento do Aécio Neves – que já se assemelhava a cadáver insepulto – e do Loures (doublé de deputado e mordomo criminal do Temer), seguida pela abertura de inquérito contra ainda presidente sugere o fim da jornada de todos e mais ainda dos que estão por vir e que não serão poucos. 

A lamentar, apenas que, ainda que jamais haja sido uma unanimidade ou portador de estofo bastante para sair da condição de vice-presidente decorativo, vinha tentando construir uma biografia de aparência favorável aos destinos do país, mormente pelas reformas. Ocorre que, enquanto isso, ao tempo em que posava de projeto de herói nacional também edificava o seu butim de forma criminosa e mediante o mesmo conluio que afinal combatera para defenestrar aquela mulher. Farináceos do mesmo saco. 

Como sempre acontece em situações de naufrágios, os ratos estão em debandada, especialmente os do PSDB que já não pertence ao Aécio, e assim dificilmente caminharão as reformas. Também como sempre acontece, os partidos menores e mais chinfrins já estão protocolando pedidos de impeachment de quem tiver pela frente. Já não se aguenta tantos prazos para esse tipo de procedimento.

Se a tal da dilma soubesse cantar estaria com aquela música da Elis Regina:
“Quaquaraquaquá, quem riu quaquaraquacá, fui eu”.



Por Luiz Saul Pereira
      BRASILIA - DF


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