Em uma sociedade que se interliga cada vez mais por redes sociais, não há fronteiras, não há barreiras e não há confidências que não se revelem.
A privacidade e a intimidade estão abaladas.
A sujeira está vindo à tona.
Os hipócritas e mentirosos não demoram e logo são desmascarados.
Todos que se projetam como fortes, ricos e famosos são devassados.
Os políticos cobrados e encurralados.
Os governos estão nus e desesperados.
As notícias antecedem aos fatos, as provas à apuração e os julgamentos às decisões judiciais.
Não há segredo de Justiça.
A condenação moral e política, pela rapidez e eficácia, vale mais do que um veredito judicial.
Os malfeitores políticos estão em verdadeira prisão domiciliar por medo e vergonha do povo que os elegeu.
É preciso reinventar o Estado. Desmontar estruturas, interligá-lo em rede social e torná-lo mais democrático, impessoal, transparente e eficiente, onde a técnica e o mérito se sobreponham ao improviso e ao apadrinhamento.
Chega de palácios, de reis, de rainhas, de senhores, de vassalos e de servos com outros nomes pomposos, que vivem dessa farsa feudal às custas do contribuinte.
Ninguém suporta mais ver políticos com ares de superioridade e nem acredita em magistrados infalíveis.
Todos querem governantes que andem pelas ruas com as sandálias da humildade, de mãos limpas e sem medo de serem apedrejados.
Por: Ruy Trezena Patu Jr.
Jurista
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