quinta-feira, 31 de agosto de 2017

E HAJA FORÇAÇÃO, EU, HEIN! - POR: LUIZ SAUL

Resultado de imagem para LULA E GLEISE NA CARAVANA DO LULA

Não se garante que haja, ou não, alguma edição de áudio, mas está rolando um vídeo nas redes sociais com manifestação de petistas devidamente uniformizados de vermelho, boné e mortadela, supostamente chamando o Lula de ladrão e clamando por sua prisão, na etapa de Campina Grande (PB) da “caravana”. Verdadeiro ou falso, o vídeo parece mostrar um Lula desconcertado na tentativa de domar a plateia.
Enquanto isso, em sua saga de moralização, cada enxadada da Polícia Federal e/ou do Ministério Público corresponde a um ninho de minhoca em que ninguém mais logra escapar. E, de fato, com que para demonstrar que a criminalidade se encontra democraticamente enraizada, as prisões estão se sucedendo em escala exponencial e numa abrangência que tanto alcançam um desembargador balconista de sentenças quanto fiscais sanitários que liberam carne com o bacilo de Koch que vem a ser o indutor da tuberculose. Vale dizer que a amplitude das barras da Lei transita pela iniciativa privada, pelo Judiciário, pelo Executivo, além do Legislativo, que é freguês de carteirinha.
As etapas de cada investigação, devidamente batizadas com um exotismo nem sempre compreensível, são enfrentadas com negações que os alvos produzem segundo a sua criatividade ou talvez redução mental. Uns dizem que não passa de “pirsiguição pulítica”, outros que nunca autorizaram o uso do seu nome para qualquer fim irregular.
Tem aquele que rebaixa as ações heroicas dos Procuradores e da PF à condição de irresponsabilidade dos "meninos da Lava Jato", cuja atuação já teria, inclusive, contribuído para a morte prematura de uma ex primeira dama. E haja forçação!
No momento, tem até a presidente do PT atribuindo o seu indiciamento ré ao clima político e ao medo que o clamor público impõe à Suprema Corte, como a repetir o Barba que classificou a corte como acovardada. Criativa, aponta ainda que a sigla PB que indicaria a tradução do seu marido (Paulo Bernardo) poderia referir-se a qualquer outro cidadão comum ou político que contivesse as mesmas iniciais. Chama-se isso reduzir a inteligência da investigação.
A busca de justificativas não para por aí, pois tem aquele que rebaixa o nível da compostura que se deve conter em sua investidura às rés do chão, quando sugere que o PGR tem algum fetiche em relação ao seu bigode, em sugestão transcendental de ofensa a aspecto da masculinidade de quem o acusa. Pode, Arnaldo?
E ainda tem aquele que, navegando em 17 indiciamentos e mais uma ação penal posa uma inocência de quem é vítima do Sistema. São alguns que também associam as investidas do PGR a um gesto de despedida de quem está no fim do mandato, numa sugestão de apego esquizofrênico ao poder que é por si só transitório.
Quem, no entanto, parece ter motivos de respiro é o Michel Temer, uma vez que, enquanto foi experimentar um sapato novo na China, e todos estavam na espreita do transcorrer da nova denúncia, desta por obstrução da justiça, recentemente encaminhada ao STF, assistiu à decisão do Ministro relator de devolver o processo à Procuradoria Geral de Justiça para ajustes que não foram divulgados.
Ora, como o tempo urge (e também ruge) até o dia 17 de setembro, pode até ser que não dê tempo para a tramitação de eventual denúncia na sequência PGR/STF/Câmara dos Deputados. Daí que indagações podem ficar no ar a respeito desse breque.
Eu, hein!?




Por: Luiz Saul Pereira
        BRASÍLIA - DF

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