O FOLEGO DE SETE GATOS DO "HOMEM SARNEY" - POR LUIZ SAUL

Em decrepitude pela idade e em decadência pelas ideias e métodos, o senador Sarney está se transformando em bandeira de rejeição dos partidos de oposição à reeleição da tal da Dilma. Não dá muito para acreditar porque, ganhe quem ganhar, o PMDB manterá a tradição oportunista de se associar ao Poder, naturalmente com o Sarney na bagagem. Então, as declarações de agora não passam de intenção de bom mocismo para iludir os tolos. 

Mas, por enquanto, o candidato Eduardo Campos foi a Timon, cidade fronteira dos Estados do Maranhão e do Piauí, e anunciou triunfante que, no seu governo, mandará o imperador maranhense para a oposição. Neófito, ele não conhece o fôlego de sete gatos do homem. Me engana que eu gosto.

Na esteira, o também candidato Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), afirma que Campos chegou atrasado, pois ele já é oposição ao Sarney há muito tempo. 

 
Seria bom para o país, e especialmente para o Maranhão, que essa família fosse defenestrada e passasse, quem sabe, a desfrutar o seu império financeiro em um paraíso turístico, livrando-nos dos seus males e vícios.

Mas, tudo não passa de mais um jogo de cena a ser desconformado após o pleito. 

 
Não faz grande diferença, infelizmente, porque, tanto o Campos quanto o Randolfe não parece possuir arsenal suficiente para o enfrentamento das barricadas e trincheiras da máquina governamental instalada. 

 
Comportam-se como homens aranha sem perceberem que não há prédios para fazerem aquelas estripulias aladas. Vale dizer, não têm crédito, nem base para a prática do discurso. 

 
Pessoalmente, acredito que, enquanto for vivo, o faraó maranhense influenciará a política brasileira, ainda que eu não alcance o porquê. A sorte é que na família não parece existir um herdeiro com o mesmo estofo e maquiavelismo em condições de dar prosseguimento à dinastia. 

 
Que siga o teatro.

Por: Luiz Saul