quinta-feira, 8 de maio de 2014

A INDUSTRIA DAS BOLSAS, O MÉRITO DA ESMOLA - POR LUIZ SAUL

Não se pode negar que a instituição das bolsas isso e aquilo produziram um alívio razoável no peso das dificuldades vividas pelo menos assistidos daqui. 


Mas, talvez se assentassem melhor em uma filosofia representativa de um paliativo provisório e principalmente sugestivo da busca de atividade produtiva. Melhor ainda, poderiam ser substituídas por algum tipo de trabalho, qualquer tipo, sob o patr
ocínio do Governo que mantivesse nos seus beneficiários a sensação da troca perfeita do trabalho pelo capital, aí implicando o conceito de dignidade. 


Até me lembro de que, em certas épocas de extrema dificuldade climática, no Nordeste, isso aconteceu com obras denominadas Emergências, nas quais todos se agregavam na realização de empreendimentos, a maioria inócua e sem serventia objetiva, para manter ganhos, em substituição a perdas das lavouras. Vale dizer, mantinha-se o ganho e a dignidade assegurando o trabalho.


O que se percebe agora é a sensação de perpetuidade, quase como de natureza salarial, pois prevê aumentos ou reposição do poder aquisitivo, que, em algum momento, vai bater de frente com uma muralha, na medida em que parece não estimular o beneficiário a buscar alternativa por iniciativa pessoal. Parece um ajuda de natureza crescentemente viciante, embora com alguns méritos.


A questão é que, quando a tal da Dilma promove aumento desse benefício, como acaba de fazer, cria também despesas adicionais que precisam ser compensadas para equilibrar o binômio contábil receita/despesa. 


E, não tendo de onde tirar a compensação financeira, a equipe econômica do ventríloquo Mantega pensa, como já está pensando, na majoração de impostos sobre bens de consumo para restabelecer o equilíbrio fiscal. Daí que sobra de forma mais severa para a tal da classe média odiada pela Marilene Chauí, fundadora do partido da Dilma. Um círculo vicioso que se parte no lado de quem não tem a caneta.

A par de tudo isso, ainda existe o aspecto da ausência de fiscalização tanto sobre a escolha e manutenção dos beneficiários, quanto pela comprovação do real estágio de suas necessidades para o merecimento das bolsas isso e aquilo. 


Até aqui parece que a coisa funciona à lá Mãe Joana.

Mas, embora discordando do modelo, reconheço o mérito da esmola.

9 comentários:

  1. Josué Alves Pereira8 de maio de 2014 às 20:09

    Esse PT é mesmo um partido ordinário, enganou todo mundo com seu discurso demagogo e mentiroso.

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    2. Quando a Dona Dilma, há alguns meses, foi à televisão anunciar que reduziria a conta de luz, a massa de desinformados do Brasil acreditou, caiu na euforia e começou a usar o chuveiro elétrico e comprar eletrodomésticos mais potentes.Agora, com um golpe de 17, 5% de aumento na energia elétrica, vão ter que voltar a tomar banho frio e trocar o que compraram. Eu acho é pouco! O povão é masoquista e tem o governo que merece,

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  2. Adalberto Freire Nascimento8 de maio de 2014 às 20:26

    Já falei se não pertencer ao PT, é mentiroso, só existe verdade com eles.
    Mais uma empresa que este governo está afundando. Veja como na matéria.

    http://oglobo.globo.com/economia/ingerencia-do-governo-na-eletrobras-ajuda-causar-rombo-de-13-bi-desde-2012-12380463

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  3. Excelente artigo! Muito sensato. É como diria o velho Luiz Gonzaga: “Mas doutor uma esmola a um homem que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”.
    E por falar em fiscalização do bolsa família, é de espantar: um gato recebeu o benefício por sete meses, veja o artigo publicado no Estadão: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,gato-recebe-por-sete-meses-beneficio-do-bolsa-familia,312279,0.htm

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  4. FORA A QUADRILHA DOS PTRALHAS . MUDANÇA JÁ!!!

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  5. Joselaide Vasconcelos9 de maio de 2014 às 08:18

    Quem sabe com uma mudança geral a partir do Planalto Central, possamos ter um melhor aprimoramento a partir das mentes que formam personalidades. Precisamos com urgência de uma reformulação no currículo escolar no nível básico, trazendo de volta OSPB (Organização Social e Política Brasileira), Educação Moral e Cívica, Educação Religiosa.

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  6. Marcos Antonio Florentino Lima9 de maio de 2014 às 08:19

    Marcos Antonio Florentino Lima Minha amiga, estes sentimentos a muito deixaram de fazer parte da grade curricular das escolas brasileiras, com o advento da volta da democracia, estas matérias passaram a ser consideradas uma ofensa às liberdade de expressão,ao direito a manifestação desordeira,à própria democracia, que nada mais é do que a própria bagunça e a impunidade que reina no nosso país. OSPB e EMC e Educação religiosa são ensinamentos que vão de encontro a toda filosofia de vida dessa massa que clama e pratica a pseudo democracia que estamos presenciando atualmente.

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