De volta ao hospital, não por saudade, mas ainda com o cérebro inquieto e os dedos nervosos.
Pois bem, nos últimos dias eu vinha me convencendo de que a dilma deveria mandar flores para o Eduardo Cunha, com uma caixa de chocolate e um bilhete de agradecimento. Afinal, o turbilhão no qual ingressou o deputado transferiu para si não somente a ira dos seus pares, a indignação de parte da sociedade, e principalmente os holofotes de todas as críticas, deixando a sapiens momentaneamente em paz.
Já nem passava despercebida a ação de parte da grande imprensa, a qual, nos últimos dias, por estranhos desígnios, sequer fazia referência a tantos envolvidos nas muitas tramoias financeiras, assim como praticamente abdicara da sabedoria semântica e do estado de profundidade mandi-Oka.
Mas, eis que de repente, nada mais que de repente, desceu naquela nuvem citada pelo Raul Seixas, o senador Delcídio do Amaral, de braços dados com a delinquência, mais para mafioso do que para conspirador, para trocar o plantão ao mesmo tempo da dilma e do Eduardo Cunha, que agora precisam mandar flores, chocolate, escova e dentifrício, com bilhete de agradecimento ao senador. Como o próprio senado já abandonou o Delcídio fará sentido pensar no fim da sua carreira.
A população brasileira já se parece habituada à convivência com os escândalos praticados de uma parte dos seus homens. Por outro lado, a couraça e o escudo das instituições financeiras daqui têm-se revelado robusteza suficiente para confirmar a nossa Constituição.
Mas, é preciso compreender os limites desse tipo de resistência, uma vez que a cada nova irregularidade uma parte da paliçada pode se transformar em fragilidade perigosa.
Desta vez, o Delcídio junto como os seus asseclas conseguiram paralisar completamente o funcionamento de toda a Esplanada, aí incluído o Palácio do Planalto. Mas, isso tem acontecido com tanta frequência por aqui, que esse perigo já se encontra em processo de banalização.
Vivemos agora o ciclo do descrédito e do perigo. Confiamos nas instituições, mas já começamos a temer por elas. Isso já aconteceu antes e a duração das trevas foi muito longa. No momento, acabou-se o respeito.
Direto da sucursal hospitalar.
Por: Luiz Saul Pereira
Jornalista
O que houve com a saúde nessa vigaem, abusou das guloseimas de Serra Talhada?
ResponderExcluirO Luiz Saul é antenado todo....
ResponderExcluirE a inflação bate dois dígitos...kkkkk
ResponderExcluir