Clara do Brasil...
Clara Nunes se foi cedo. Não que houvesse tempo suficiente para um mito, porque mitos são como deuses: podem ser invocados sempre. Para lembrar e saudar a artista, basta cantar.
A cantora se despediu de milhares de fãs em um sábado de Aleluia, há exatos 30 anos. Ela foi vítima de uma mal sucedida operação de varizes. Desde então, sua história é cantada e recontada.
Nasceu Clara Francisca Gonçalves em Caetanópolis (MG). Caçula de sete irmãos, ficou órfã aos seis anos. Da mãe, levou para a cidade grande a lembrança e o sobrenome artístico: Nunes.
No começo, nos anos 60, cantou baladas românticas e flertou com a Jovem Guarda, mas se achou no gingado do samba. Com repiques e tamborins, Clara Nunes viveu um encontro que fez dela a primeira mulher a bater os 500 mil discos vendidos. Assim, ela se tornou cara e voz da Portela.
Mas foi com o tambor que Clara Nunes viveu em comunhão. Estudiosa dos ritmos brasileiros, nomeada baiana honorária, converteu-se ao candomblé. Ora se dizia filha de Ogum e Iansã, ora afirmava ser filha de Oxum e Xangô.
Clara Nunes não teve filhos, mas, com o marido Paulo César Pinheiro, fundou um teatro que leva seu nome no Rio. Depois da morte, aos 41 anos, ficaram mais de 20 discos, centenas de canções e muitos títulos. A lembrança da cantora é aquela certeza de que despedidas acontecem, mas há vozes e histórias que são eternas.
Clara Nunes não teve filhos, mas, com o marido Paulo César Pinheiro, fundou um teatro que leva seu nome no Rio. Depois da morte, aos 41 anos, ficaram mais de 20 discos, centenas de canções e muitos títulos. A lembrança da cantora é aquela certeza de que despedidas acontecem, mas há vozes e histórias que são eternas.
Fonte: documentário da Globo News
Muito boa seleção musical, faz gosto ouvir. Adorei!!
ResponderExcluirEssa cantora mineira era demais, marcou época na minha juventude.Pena que partiu tão cedo...
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