quarta-feira, 4 de março de 2015

SERÁ QUE MEREÇO? - POR LUIZ SAUL


Resultado de imagem para Quem tiver de pagar vai pagar', afirma Rodrigo Janot a manifestantes - notícias em Operação lava jato

A cena do cotidiano brasileiro segue com o suspense diarreico. Havia quem esperasse, eu incluso, que os nomes do Janot seriam divulgados automaticamente à entrega de sua peça ao STF, e isso não acontecerá. É claro que esse tipo de prudência faz sentido. 

Resulta que enquanto se mantiver o sigilo dos nomes dos, em tese, candidatos ao cadafalso, as noites desconciliadas e os aquosos suores permanecerão provocando arritmia em muitas celebridades da República em suas trincheiras preparatórias da negação das irregularidades. Por igual, os partidos seguem em “estratégia” convenientemente silente para proteger os seus caciques e alguns dos índios quando a hecatombe acontecer. 

Poder-se-ia até pensar que entrementes a vida continua. Mas, não. O país está em meia trava, apenas com o esperneio governamental pela recomposição das alianças que, na verdade, jamais existiram de fato. Tudo foi sempre um jogo frágil de interesses. Ainda assim, esse simulacro espetaculoso foi jogado ao lixo. 

Por isso que é um tal de promover almoços, jantares e cafezinhos conspiratórios, com uma esnobação aqui outra ali, sem um ataque específico, já que todos estão na defesa dos interesses do presente, mas principalmente na preservação de carreiras políticas à beira do ralo. E tem a mudança de comportamento de políticos que adoram holofotes e microfones, mas que, no momento, deles fogem como o diabo da cruz. 

Na intimidade de cada um desses grupelhos deve haver um tipo de apuração diária de resultados para saber como cada um vai se comportar para derrubar o outro, ou para conseguir uma vantagem adicional em meio a tantas. 

Enquanto isso, em sua inesgotável ignorância cultural, a dilma corcoveia a inerente capacidade de enrubescer a distinta plateia e de garantir os salários dos comediantes do país a cada vez que abre a bocarra. Agora, em lapidar locução metafórica, cunhou que “a Via Láctea é fichinha perto do Rio de Janeiro”.

Eu mereço.


Por: Luiz Saul Pereira

3 comentários:

  1. Não costumo perder um dia se quer as crônicas interessantes do senhor Luiz Saul Pereira, pois são muito boas. Parabéns!!!

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  2. valeu cara...

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  3. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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