Essa barbaridade não vai passar em branco. Nós que somos envolvidos com
cultura e arte em Triunfo, estamos promovendo um evento que vai ser
chamado de PROIBIDÃO CULTURAL. Vai ser quarta-feira, no Polo
Gastronômico no quiosque de Hygo Pyetro De Souza Martins Pyetro. Começaremos exatamente as 22:01h.
Gostaria que voce Carlos Ferraz, um grande ativista de nossa cidade, divulgasse esse movimento em seu Blog Opinião Triunfo.
A nossa cultura agradece pq não vamos engolir essa censura cultural ao qual esse governador boneco de difundo nos quer impor. (Cristovão Montalvão)
Os malabaristas e artistas circenses,
muito vistos nos sinais do Recife, terão que obedecer a horários e
outras determinações para fazer performances em vias públicas. Pelo
menos é o que diz a Lei 15.516, de 27 de maio, publicada no Diário Oficial do Estado.
De autoria do deputado estadual Ricardo Costa (PMDB), ela foi
sancionada pelo governador Paulo Câmara, e regulamenta o uso dos espaços
públicos, como ruas, avenidas, praças e parques.
Pela nova lei de Pernambuco, qualquer
tipo de manisfestação artística pública tem que acontecer,
obrigatoriamente, entre 10h e 22h. A exceção é para os espetáculos com
financiamento oficiais de incentivo à cultura - e aprovação prévia do
poder público. A lei já provoca polêmica entre a população em geral,
além dos artistas que normalmente se expressam para o público não
pagante das ruas.
Parte da classe artística já se mobiliza
com relação ao tema. Uma reunião, intitulada Grande Evento pela
Regulamentação das Artes de Rua, está marcada para ocorrer no domingo
(31/5), às 14h, no Parque 13 de Maio (Santo Amaro).
O alcance restritivo da lei é bastante
amplo. O texto legal diz que são terminantemente proibidas, fora do
horário estabelecido, manifestações de teatro, dança individual ou em
grupo, capoeira, mímica, estátuas vivas, artes plásticas, malabarismo ou
outra atividade circense e, também, manifestações folclóricas.
Filho do referencial Mestre Salustiano,
nome obrigatório na história da cultura popular do Nordeste, Pedro
Salustiano se diz preocupado as novidades. Como os maracatus,
cavalos-marinhos, cirandas e outros brinquedos populares costumam
acontecer à noite, ele teme que isso possa atrapalhá-los. Em geral, os
grupos saem espontaneamente pelos terreiros e ruas do interior,
notadamente na Zona da Mata, e do Recife e de Olinda.
"Essa lei pode prejudicar enormemente as
sambadas de maracatu e as saídas de cavalo-marinho, que não são
manifestações oficiais, mas manifestações organizadas espontaneamente
pelo povo. As manifestações da cultura popular têm como tradição começar
depois da noite e ir até o amanhecer", diz ele.
Outro ponto polêmico da lei é o que
limita terminantemente a presença de menores de 14 anos nessas
manifestações. "Acho que isso precisa realmente ser repensado, porque
ataca fortemente a cultura popular, que não é aprendida na escola ou na
faculdade, mas na rua, de geração para geração", diz ele. "Eu comecei a
brincar no cavalo-marinho com três anos de idade. Meu filho, de três, já
começou a brincar também".
A lei ainda proíbe que os artistas de
rua comercializem discos, livros e artesanato que não sejam de autoria
própria. Assim, grupos e artistas ficariam impedidos de gerar renda a
partir da doação de obras de artistas amigos.
Da base governista, hoje no PMDB, o
deputado Ricardo Costa é um conhecido empresário do ramo de propaganda
em espaços públicos, já foi presidente da Federação Nacional das
Empresas de Propaganda Exterior (Fenapex) e vice-presidente da Federação
das Indústrias de Pernambuco (Fiepe). Foi eleito pela primeira vez em
2010, como deputado estadual pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC).
Ontem, sua assessoria de comunicação informou que ele estava
incomunicável no interior do Estado e impedido, assim, de justificar a
lei em entrevista.
A volta da censura! Faz-me lembrar quando na ditadura, antes de começar o espetáculo, um fiscal vinha assistir a uma apresentação (ensaio) e aí começava a fazer cortes no texto, na idealização, criação de direção. É a volta ao passado onde muitas manifestações culturais foram esquecidas e graças a estes verdadeiros artistas, amantes da cultura, começaram a resgatar o que realmente é valor. Como bem disse o autor da publicação, o que está sendo tolhido é aquilo que a escola também deveria mostrar a exemplo dos hinos, representações de bandeiras dos Estados, Municípios e do país. A proibição desta famigerada lei é o retrocesso, o direito a informação cultural, a liberdade de expressão. Inacreditável que um Deputado que sempre esteve ligado a propaganda tenha o disparate de elaborar tal lei provando para ele mesmo que tudo o que ele fazia nada mais era do que mentira, ele nunca acreditou no que fazia e o pior, aqueles que acompanharam, apoiaram e votaram em favor desta "Lei", são realmente os incultos.
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