O PSB JÁ DESCREVEU Eduardo Campos de várias formas:
um dos mais brilhantes brasileiros, líder insubstituível, referência de
homem público, e a esperança de um novo tempo na política. Todos os
adjetivos e superlativos voltarão a ser citados mais fortemente neste
dia 13 de agosto, quando se
completa o primeiro ano da trágica morte do ex-governador pernambucano.
Em plena disputa
presidencial, o jatinho de campanha do socialista caiu na cidade de
Santos, no litoral paulista,
matando o candidato e outras seis pessoas. A data, porém, é marcada por
outra reflexão. Um ano
após a comoção da despedida, o legado do ex-governador ainda está em
construção.
No plano político, o encerramento precoce da hegemonia que o
socialista exercia ainda deixa o PSB sob um vácuo de liderança e sem um
nome nacional para se apresentar como terceira via nas eleições de 2018,
como se esperava de Eduardo. Dentre os potenciais novos caciques do
partido, como o vice-governador de São Paulo, Márcio França, o senador
Fernando Bezerra Coelho e os governadores do Distrito Federal, Rodrigo
Rollemberg, da Paraíba, Ricardo Coutinho, e de Pernambuco, Paulo Câmara,
existem diferentes opiniões inclusive sobre se o partido deveria apoiar
ou não o governo da presidente Dilma Rousseff.
Da esquerda para a direita: Márcio França, Fernando Bezerra Coelho, Rodrigo Rollemberg, Ricardo Coutinho e Paulo Câmara. Fotos: Reprodução/Facebook |
No campo administrativo, em Pernambuco, a herança deixada por Campos aos
seus sucessores políticos também tem os seus problemas, embora ele
costume ser lembrado pelo sucesso administrativo. Desde o início do ano,
o governo Paulo Câmara já enfrentou uma crise no sistema prisional,
anunciou uma revisão no contrato da Arena Pernambuco, e viu um dos
símbolos da gestão Eduardo, o programa Pacto Pela Vida, apresentar o
primeiro aumento nos índices de violência desde 2007, ao mesmo tempo em
que ficou impedido de conceder reajuste aos servidores porque o gasto
com pessoal atingiu o limite prudencial fixado pela Lei de
Responsabilidade Fiscal
Por outro lado, há um esforço do PSB para manter viva a memória do
seu principal líder. Nos últimos doze meses, políticos do partido ou
aliados propuseram diversas homenagens ao ex-governador, desde as mais
pessoais, como a tatuagem do prefeito de Paulista, Junior Matuto, as
públicas, como dar o nome do ex-governador à Via Mangue e a um dos
Centros Comunitários da Paz (Compaz), no Recife.
Nem todas as homenagens foram bem recebidas. Em março, o
líder do Governo na Câmara do Recife, Gilberto Alves (PTN), apresentou
uma proposta para chamar o Hospital da Mulher da capital pernambucana de
Eduardo Campos. Após a reação de grupos do movimento feminista, a
proposta foi retirada. Mesmo assim, ainda existem sugestões como as dos
deputados federais Fernando Filho, para que Eduardo dê nome a Refinaria
Abreu e Lima, e Gonzaga Patriota, que espera homenagear o pernambucano,
morto em um acidente aéreo, incluindo o nome dele no Aeroporto
Internacional do Recife-Guararapes Gilberto Freyre.
Tatuagem do prefeito de Paulista. Foto: Divulgação. |
HERDEIROS POLÍTICOS - CAMPOS E ARRAES
Numa entrevista publicada em
seu blog há dez dias, Antônio explica porque decidiu postular a prefeitura
olindense. "Sou um Campos Arraes na política.
Não me considero o sucessor de Arraes ou Eduardo, cujo legado é do povo. Venho
de uma família que há mais de seis décadas vem participando da política de
Pernambuco e do Brasil sempre defendendo os interesses do povo brasileiro",
afirmou.
Hoje, porém, a grande aposta do PSB para o futuro é João Campos, 20 anos, que já era
apontado como herdeiro político de Eduardo. Estudante de Engenharia na Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE), João foi, dos irmãos, o que mais se envolveu na campanha de Paulo Câmara,
após a morte do pai. Em dado momento, ele ganhou tanto destaque da campanha para governador
que passou a ter agenda de campanha própria, ao lado do candidato a vice Raul Henry, pelo interior
do Estado. Quando João não podia ir, o outro irmão Pedro era escalado. No interior, os dois eram
saudados e extremamente bem recebidos pela população, que depositava nos jovens o carinho que
havia tido com Arraes e com Eduardo.
No final, evocativamente, encerrava o discurso
da mesma forma que o pai costumava fazer ao falar com o povo do
interior. “Contem comigo, vamos juntos, um grande abraço e até a vitória se Deus quiser”, repetia enérgico antes de ser ovacionado pelas palmas.
Geraldo Júlio - Prefeito do Recife - PE
Morreu agora é bom, um santo.
ResponderExcluirNão é por que morreu que era bom... Como todos político tinha seus pecados, mas ninguem pode negar que era uma grande lider, o que hoje faz muita falta num país desprovido de lideranças... Concordo com as palavras de sua esposa Renata Campos, "Eduardo era um grande homem público. Sua sensibilidade, coragem e determinação, seu otimismo e generosidade, marcaram sua vida e fizeram a diferença na vida de muita gente" sejamos justos, pernambucanos, nordestinos, brasileiros!!!
ResponderExcluirVOTEI NELE EM TODAS ELEIÇÕES NO EX-GOVERNADOR E VOTARIA NOVAMENTE. MAS ACHO QUE ESTÃO EXAGERANDO QUANTO A COLOCAR SEU NOME EM TUDO QUE É LUGAR.NA PISADA QUE VAI, NÃO DUVIDO QUE APAREÇA ALGUÉM QUERENDO MUDAR O NOME DO ESTADO DE PERNAMBUCO PARA EDUARDO CAMPOS.
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