quinta-feira, 13 de agosto de 2015

SÃO TANTOS REINADOS... E COMO FICAM OS SÚDITOS? - POR LUIZ SAUL


No reinado da mentira e da fantasia, foi anunciado um plano de investimento na área de energia elétrica no valor de R$180 milhões, e que a conta de luz será reduzida. Mas, não foi dito que esses investimentos serão realizados depois de 2018, nem informado que a redução da conta será apenas no percentual das bandeiras, e não na tarifa, do que resultará uma redução máxima de 1% da conta mensal. Tem mais, a sapiens rainha, embevecida com a Agenda Brasil do Novel aliado, disse que o conteúdo coincidia inteiramente com o seu pensamento. Se fosse assim, por que não aplicou o seu pensamento? De qualquer forma, parece mentira, pois duvido que haja pensado o governo em cobrar dos pacientes consultas e tratamentos pelo SUS, como propõe o “moderado”. 

No reinado da ambiguidade e da vaselina, o senador Renan, o Moderador – que ontem era adversário – migrou repentinamente com candentes argumentos da efemeridade da passagem da dilma em confronto com a perenidade do país, para transformar-se em um enganoso pilar de salvação do que resta da ruína ainda em pé. Seria nobre se o fosse. É certo que qualquer pessoa que consiga pacificar este país deve ser visto como um herói.

Mas, o seu partido se assemelha a uma hidra, com cobras venenosas encimando um corpo de dragão, cada uma das serpentes dominando uma área importante, mas incapazes de se reunirem num botequim para a organização e o direcionamento do veneno. Daí que uma pica a outra, que pica a uma, que picam as outras, e todas morrem em algum momento.

Somente assim se pode compreender a apresentação de uma requentada Agenda Brasil, com a pretensa ingenuidade de desconhecimento do sistema bicameral que preside o funcionamento das Casas. Não é razoável que essas raposas desconheçam o assunto. Por isso, o Eduardo Cunha, ou o Orlando Furioso, já realçou o assunto. Às vezes parece tudo combinado, mas é certo que o Senado não anda sem a Câmara nem vice versa.

Bom, no reinado da realidade, a Moody’s, seguindo a coirmã Standard & Poors, rebaixou a nota do país, que ficou a um degrau da lista de maus devedores, mas, recebendo ainda uma colher de chá. Graças ao trânsito e à credibilidade de que goza o Joaquim Levy – e especialmente graças a isso! –, foi concedido mais um estreito prazo para a nação adotar medidas de recuperação, principalmente da crise política uma vez que as agências de classificação de risco atribuem aos “nossos” políticos tudo de ruim que está por aqui. Nós (pelo menos eu) também achamos isso.


E ainda tem aí esse reinado das apurações, com a CPI da Petrobrás em ritmo de descrença, mas devidamente enriquecido por outras que poderão estender as lava jato, lava isso, lava aquilo até o final dos tempos com as pirotecnias de sempre, mas com a esperança da lavagem do país. 
 
Os súditos de tantos reinados “morrem” de desânimo e de vergonha.


 
 Por: Luiz Saul Pereira

2 comentários:

  1. Esse Luiz Saul Pereira é bom demais nas suas publicações quentinhas saídas direto de Brasília.

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  2. Edvaldo Gomes da Silva16 de agosto de 2015 às 20:01

    GOSTO DEMAIS....

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