terça-feira, 8 de dezembro de 2015

CHEGA DE CINISMO! - POR LUIZ SAUL




Finalmente, depois de tanto tempo de um fim amor que nunca houve, acabou também a hipocrisia com a exposição epistolar das apodrecidas vísceras das relações entre o Temer e a dilma. Quando se trata de um casamento urdido em conveniências temerárias e viciadas, o divórcio constitui uma contagem regressiva que não causa qualquer comoção, mas apenas a curiosidade pela duração do matrimônio. E não vai adiantar as afirmações de que não houve rompimento. Chega de cinismo!


Serviçal contumaz da baixaria, o Planalto sequer teve o cuidado de preservar, segundo consta, o conteúdo de uma carta tida como pessoal e confidencial entre “cônjuges” ambos de má qualidade e de inconfiabilidade em alta. Daí, ser natural que o texto haja se transformado na melhor fonte de especulações da imprensa e principalmente das redes sociais que são o novo e talvez mais importante olho crítico dos nossos acontecimentos.
Esteve certo, porém, o Temer em formalizar o desabafo com o argumento de que as palavras voam e a escrita fica. Com isso, barrou as versões criativas tanto do seu partido quanto do gabinete da comandanta. Não subsistirá, portanto, o dito pelo não dito. Agora, é o escrito pelo que está escrito sem inovações semânticas.

Os próximos capítulos da pobreza dessa novela poderão estar tanto na Comissão de Ética da Câmara, quanto no TSE, mas principalmente no desembarque iniciado pelo Eliseu Padilha, com a pressão agora se voltando para o Ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves, que é um político que vende a alma por um cargo. 

A questão que ainda pode pegar no desfazimento desse casório estará certamente no fisiologismo peemedebista e na sua notória divisão e muitas subdivisões segundo interesses mais particulares do que republicanos.
Não se sabe, por exemplo, se os demais filiados, ocupantes de cargos relevantes, estarão dispostos à renúncia dos privilégios dos mesmos para seguir uma orientação que se afigure conveniente para uma nova ordem política idealizada pelo partido a partir de uma avaliação do encurtamento da missão da sapiens. Chama-se isso a cegueira do poder.



Por: Luiz Saul Pereira
        Brasília - DF

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