No reinado da mentira e da
fantasia, foi anunciado um plano de investimento na área de energia elétrica no
valor de R$180 milhões, e que a conta de luz será reduzida. Mas, não foi dito que
esses investimentos serão realizados depois de 2018, nem informado que a
redução da conta será apenas no percentual das bandeiras, e não na tarifa, do
que resultará uma redução máxima de 1% da conta mensal. Tem mais, a sapiens
rainha, embevecida com a Agenda Brasil do Novel aliado, disse que o conteúdo
coincidia inteiramente com o seu pensamento. Se fosse assim, por que não
aplicou o seu pensamento? De qualquer forma, parece mentira, pois duvido que
haja pensado o governo em cobrar dos pacientes consultas e tratamentos pelo
SUS, como propõe o “moderado”.
No reinado da ambiguidade e da vaselina, o senador Renan, o Moderador – que ontem era adversário – migrou repentinamente com candentes argumentos da efemeridade da passagem da dilma em confronto com a perenidade do país, para transformar-se em um enganoso pilar de salvação do que resta da ruína ainda em pé. Seria nobre se o fosse. É certo que qualquer pessoa que consiga pacificar este país deve ser visto como um herói.
Mas, o seu partido se assemelha a
uma hidra, com cobras venenosas encimando um corpo de dragão, cada uma das
serpentes dominando uma área importante, mas incapazes de se reunirem num
botequim para a organização e o direcionamento do veneno. Daí que uma pica a
outra, que pica a uma, que picam as outras, e todas morrem em algum momento.
Somente assim se pode compreender a apresentação de uma requentada Agenda
Brasil, com a pretensa ingenuidade de desconhecimento do sistema bicameral que
preside o funcionamento das Casas. Não é razoável que essas raposas desconheçam
o assunto. Por isso, o Eduardo Cunha, ou o Orlando Furioso, já realçou o
assunto. Às vezes parece tudo combinado, mas é certo que o Senado não anda sem
a Câmara nem vice versa.
Bom, no reinado da realidade, a Moody’s, seguindo a coirmã Standard & Poors, rebaixou a nota do país, que ficou a um degrau da lista de maus devedores, mas, recebendo ainda uma colher de chá. Graças ao trânsito e à credibilidade de que goza o Joaquim Levy – e especialmente graças a isso! –, foi concedido mais um estreito prazo para a nação adotar medidas de recuperação, principalmente da crise política uma vez que as agências de classificação de risco atribuem aos “nossos” políticos tudo de ruim que está por aqui. Nós (pelo menos eu) também achamos isso.
E ainda tem aí esse reinado das apurações, com a
CPI da Petrobrás em ritmo de descrença, mas devidamente enriquecido por outras
que poderão estender as lava jato, lava isso, lava aquilo até o final dos
tempos com as pirotecnias de sempre, mas com a esperança da lavagem do país.
Os súditos de tantos reinados “morrem” de desânimo e de vergonha.
Por: Luiz Saul Pereira
Esse Luiz Saul Pereira é bom demais nas suas publicações quentinhas saídas direto de Brasília.
ResponderExcluirGOSTO DEMAIS....
ResponderExcluir